sábado, 21 de julho de 2012

CHUVA

Estava na sala, quando ouviu quebrar na janela as primeiras gotas de chuva.

Ele levantou e abriu um pouco a esquadria de alumínio, permitindo a entrada da brisa fresca carregada de gotículas. Viu as folhas valsando ao sabor do vento no quintal e lembrou de como ela gostava de bailar sob a chuva, sentindo a água percorrer ligeira pelo corpo.

Fechou a janela e foi ao telefone.Um, dois, três toques. Teria saido? Quatro, cinco, seis toques: “Alô?!”

– Pietra?
– Carlos?
– Estava com saudades.
– Ah é?! Que coisa boa isso.
– A chuva esta cantando teu nome.


Ela riu

– Por que você não vem para cá?
– Agora? – perguntou surpresa.
– Agora.
– Tá bem. Eu vou. Deixa só me arrumar, que daqui a pouquinho estou aí.


Quarenta minutos depois, um taxi estacionou na frente da casa. A mulher pagou o motorista, saltou do carro, jogou o casaco sobre a cabeça e com passos apertados chegou rapidamente até a porta. Tocou a campainha, esperou um pouco mas não obteve resposta. Tocou novamente, mais uma vez sem resposta. Olhou pela janela: ninguém. Estava tudo às escuras. Quando bateu na porta, ela cedeu, abrindo lentamente. Teve medo.

– Carlos? Você está aí?
– Aqui em cima, no terraço. Sobe. – disse-lhe o homem.

Aliviada, a mulher entrou fechando a porta atrás de si. Atravessou a sala e subiu os dois lances de escada em direção a parte superior da casa. Quando Pietra chegou, seus olhos brilharam: sob a parte coberta, o chão forrado com lençóis e edredões formava um gigantesco leito improvisado, adornado por grandes almofadas e travesseiros de linho. A sua volta, e por toda a parte, velas dos mais diversos tamanhos, cores e aromas, conferiam ao local tons de prata e ouro. Na parte aberta, livre da proteção das telhas vermelhas, a chuva em véu.

Mas onde estava Carlos? Pensou.

A resposta veio em seguida, quando após um clique metálico, a voz suave de Ella em Misty, misturou-se ao som da chuva, denunciando a presença do rapaz.

– Gostou? – perguntou Carlos.
– Precisa responder? Parece um sonho, de tão lindo.
– Então vem sonhar comigo. – disse ele, estendendo-lhe a mão.

Ela sorriu, e livrou-se das sandálias. Caminharam juntos, saindo da proteção da cobertura de telhas vermelhas coloniais, até sentirem o chão molhado beijar-lhe os pés. E assim, rosto com rosto, de olhos fechados para ver melhor, bailaram leves sob a chuva.

As mão dele enroscadas sob os longos cabelos negros de Pietra, forçaram-lhe a cabeça para trás, expondo pescoço e boca, à seus caprichos. Ele lambeu suavemente o pescoço da mulher. Beijou-lhe o queixo, a face, os olhos fechados, que movendo-se por sob as pálpebras, provocavam em ambos, sensações de enorme prazer. Sem interromper a dança, ele mordiscou-lhe orelhas, nariz, até por fim, pousando seus lábios sobre os dela, beijar-lhe profunda e intensamente a boca. Suas línguas, autônomas, dançavam também. Enroscavam-se, percorriam-se. Dentes de um e de outro, alternavam-se no aprisionar e no arranhar de suas carnes. Ele querendo provocar, fechou a boca da mulher e passou a lamber-lhe o canto dos lábios. Pietra sentiu que não era mais a chuva que a umidecia. Queria mais.

Ela elevou os braços, enquanto as mão dele traziam para cima o vestido molhado, deixando-a apenas com a calcinha preta de lycra. Ela, após livra-lo da camisa de malha branca, soltou o nó do cordame que sustentava-lhe o short. Maliciosa, sorriu ao ver a forma avolumada, mal coberta pelo algodão molhado da cueca cor de pele.

– Vem.. – disse a mulher conduzindo-o pelas mãos à enorme cama.

Vendo-a caminhar à sua frente, com o corpo nú – molhado –, refletindo na carne branca a luz das velas, Carlos encheu-se de desejo. O andar da mulher, realçava ainda mais as curvas bem distribuídas ao longo de seus um metro e sessenta e oito centímetros. Carlos gostava particularmente dos seios generosos, de mamilos rosados, sempre rápidos na resposta às carícias. Mas foi quando ela, ao pisar no leito improvisado, colocou-se de quatro para engatinhando aninhar-se em meio aos lençóis, que ele sentiu seu desejo explodir.

Carlos, também de quatro, veio por trás escalando o corpo da mulher. Os braços tomam-lhe o tronco, apoderando-se dos seios, cujos bicos rijos, arranham-lhe a palma das mãos. Os dentes do homem cravam-lhe a nuca. Um gemido de prazer, escapa da mulher. Ela gosta assim, e ele sabe. Sabe que aquela mulher romântica, apreciadora de vinhos e velas, gosta de sentir-se fêmea na cama. Um sexo sagrado e profano, onde o prazer fala por si, sem sutilezas ou desculpas. Carlos é lobo e Pietra sua presa.

O peso de seu corpo faz o dela tombar. Sua mão corre-lhe o ventre, alcança a peça de lycra, molhada pela chuva e pelo desejo e entra, sentindo no contato a presença da pelagem sedosa. Ela arqueia, quando sente no botão de carne, a pressão do toque. Ele a força para baixo e puxa para trás sua cabeça, facilitando o contato entre bocas e línguas.

Carlos percorre-lhe a fenda, sentindo com profunda satisfação, o mel que recobre as paredes macias. Pietra geme quando se sente invadir pelos dedos do homem. Dedos ágeis que a exploram, provando suas texturas, sondando-lhe por completo.

Pietra joga o braço para trás, tocando as coxas e bunda de Carlos. Tem presa, e tenta livrá-lo da presença indesejável da cueca. Ele atende a mulher e livra-se dela. E com a mulher ainda de quatro, liberta-a da calcinha. Completamente nús, já não existem obstáculos à seus desejos. Ele posiciona o pau duro, na entrada da fenda pulsante e entra de uma só vez, afundando-se na umidade quente da mulher, que grita ao sentir-se rasgar.

Ajoelhado atrás da mulher, com o corpo curvado e mãos firmadas em seus quadris, ele projeta violentamente seu púbis contra a bunda alva, fazendo a carne correr sob a pele, em pequenas tsunamis impulsionada por ondas de choque.

Pietra geme, sentindo o calor tomar-lhe o corpo por completo. O gozo esta próximo.

Carlos intensifica o movimento. Agarra-a pelos cabelos, e usando-os como rédeas, trás o corpo dela mais próximo ao seu.

Um movimento mais firme, mais profundo, e Pietra explode anunciando aos gritos o gozo. O mel brota-lhe farto, descendo pela vara de Carlos, melando as coxas de ambos. Ele também deseja gozar. Ela pede quer ser banhada por ele. Carlos atende. Quando o gozo corre-lhe as veias como um alazão, ele retira o pênis da boceta da mulher e apoiando-se sobre ela, libera as flechas brancas que percorrem o ar cobrindo-lhe a bunda, as costas nuca, sujando-lhe o rosto e o cabelo.

Plena, ela sorri. Ele acaricia o rosto da mulher, com doçura. Em seguida, se ergue puxando-a no mesmo movimento.

Novamente sob a chuva morna, dançam e se beijam vezes sem fim.



terça-feira, 10 de julho de 2012

O ESPELHO

Rafael vencia a rua de pedras num fôlego só.

Dias assim eram raríssimos.

A princípio pensou que fosse mais uma das brincadeira dos colegas, mas a voz da diretora no autofalante da escola, confirmou a história; devido a um problema qualquer que Rafael não entendeu muito bem, e aliás nem fazia questão de entender, hoje não teria aula e isso era tudo o que importava.

A alegria era tanta, que ao se dar conta estava diante de casa. Não se surpreendeu ao encontrá-la mergulhada no silêncio. As tardes na bela construção de altos e baixos, eram sempre assim, já que seus pais trabalhavam fora e Suzana só costumava chegar da faculdade a noitinha.

Subiu rápido as escadas e querendo livrar-se do peso da mochila, atirou-a sobre a cama dali mesmo do corredor  e seguiu em direção ao banheiro, mas ao passar pelo quarto de Suzana, que ficava pouco depois do seu, estranhou a porta entre-aberta e parou. Não era hábito dela deixá-la assim. Afinal, Suzana, alguns anos mais velha, costumava dizer que seu mundo era particular e não havia lugar nele para crianças.

Mas quem era a criança? Certamente não ele, afinal mais uns anos e teria barba na cara (ou ao menos esperava que sim).

Teve a certeza que esta era sem dúvida uma grande oportunidade para saciar a antiga curiosidade, cultivada desde que a prima veio morar com eles, alguns anos atrás.

Assim, decisão tomada, respirou fundo, escancarou a porta e entrou.

Tudo era muito leve e vaporoso. Ao centro do quarto, um espelho de corpo inteiro refletia a cama, que nascia do centro da parede tomada pelo grande armário de madeira patinada. No outro extremo do quarto, uma cômoda, e uma pequena estante onde a TV, e o aparelho de som, conviviam harmoniosamente com livros, revistas e bichinhos de pelúcia.

Rafael não pode evitar um certo desapontamento. Não podia acreditar que Suzana o mantivesse a distância apenas por aquilo. Certamente devia haver algo mais, algo diferente, misterioso, exótico.

Olhou demoradamente para cômoda, coberta por frascos de cremes, e vidros de perfume. Abriu-os um a um, sentindo os aromas, tentando lembrar se já os tinha sentido. Na estante, além de livros e revistas, achou a pilha de CDs que era obrigado a ouvir noite após noite. Já os bichinhos de pelúcia obtiveram de Rafael, pouco mais que um olhar torto.

O armário guardava um arco-íris de saias, calças, blusas e vestidos. Nas gavetas estavam camisas, camisetas, camisolas, shorts, bermudas, e lingeries numa profusão de formas e texturas diferentes.
Sem saber bem o porque, pegou uma das calcinhas. Sentiu a frescor da cetim, e a delicadeza da renda na ponta de seus dedos. Fascinado, levou-a ao rosto e respirou profundamente, sentiu um prazer extraordinário com isso e a imagem da prima, tomando de assalto seu pensamento, fez uma onda de calor percorrer seu corpo.

Lembrou-se das conversas com amigos e das histórias que contavam sobre brincadeiras solitárias, e quis fazer o mesmo, mas som de madeira batendo, o arrancou daqueles pensamentos.
Rafael, colocou a calcinha no lugar e correu até a porta. Gelou ao ver Suzanna deixando o banheiro em direção ao quarto. “O que ela esta fazendo em casa a essa hora?!” Teria de descobrir isso mais tarde.
Agora, precisava dar um jeito de não ser pego.

Suzana entrou no quarto e trancou a porta. Caminhou até a frente do espelho e soltando a toalha que a envolvia, passou a secar os longos cabelos enquanto se examinava com ar de crítica, arrebitando e girando o corpo, para ver o máximo que podia de si mesma. Depois, caminhou até a cômoda e retornou com um frasco. Colocou um pouco do conteúdo na palma da mão e começou a espalhar pelo corpo. Ergueu um dos braços e a mão espalmada alcançou o seio e passou a trabalhar a carne, massageando com suavidade e delicadeza.

Suzana olhou para seu ventre, e deslizou suavemente em direção a ele, sentou-se então na beira da cama e abriu as pernas lentamente. O peso do colchão quase aprisionou Rafael, que escondido sob a cama, acompanhava tudo através do espelho.

Com os pelos púbicos loiros, umedecidos pelo óleo, cintilando com a luz do sol que entrava no quarto, Suzana olhou para seu reflexo, e ficou encantada com a imagem da pele imaculada e da vulva, rósea e cheia. Pensou que sensível como estava, bastaria a pressão de um dedo, e umas poucas carícias, para revelar seu mel.

Desejosa, abriu com os dedos os pequenos lábios da vulva e começou a se acariciar com suavidade felina, para frente e para trás. Em como havia imaginado, em pouco tempo sentiu um líquido oloroso recobrir os lados do seu sexo. Deitou-se então na cama, debruçada sobre o seu lado esquerdo, e expondo a anca ao espelho, viu sua mão descer pelo tronco para acariciar a colina formada pelas nádegas. Viu também, a outra mão passar por entre as pernas para surgir como uma flor, vinda de trás. Foi com essa mão que ela esfregou seu sexo, pressionando levemente o dedo indicador sobre o clitóris. Em seguida, se colocando de costas sobre a cama e com as pernas bem abertas e dobradas, fez o dedo médio, firme e dominador, afundar para tocar seus segredos mais íntimos e começou a movimentar-se contra ele de forma cada vez mais viril.

Hipnotizado pela visão da prima, Rafael não foi capaz de perceber, que a medida que a febre aumentava e Suzana se contorcia e serpenteava o corpo com mais intensidade, a cama ficava cada vez mais despida dos lençóis que até então protegiam seu frágil esconderijo.

Suzana gemia e ronronava enquanto o dedo corria por seu interior, explorando suas texturas. Quando um segundo dedo entrou também, abertos em vê, abraçaram a haste interna do grelo, subindo e descendo para massageá-la em toda a extensão. Vez por outra, emergiam do oceano de carne, para sentir o botão externo que pulsava como um pequeno coração. Acarinhavam-no um pouco e retornavam ao mar, onde vibravam imitando o jogo de pernas de um nadador veloz. Em busca de uma visão melhor de seu próprio prazer, Suzana e descobriu pelo espelho, que não estava só.

Levantou-se num salto, com o corpo trêmulo, tanto pelo susto quanto por ter sido obrigado a interromper as carícias assim de forma tão abrupta, e cobrindo-se quis saber aos berros, o que Rafael fazia lá.

Eu não fiz por mal, juro Suzana!! Foi sem querer... não conta pro pai, por favor!! Eu vi seu quarto aberto ... não sabia que você estava em casa.. de repente vi você, não sabia o que fazer... me escondi... eu nunca fiz isso antes .. não foi por mal juro.... eu não foi por mal. – falando quase sem pausas, e já iniciando um choro.

Vendo o desespero de Rafael, Suzana sentiu-se mal. Sabia que o primo não estava mentindo. O que fez foi errado sim, mas foi um ato provocado mais por medo do que por malícia.

Suzana respirou fundo, ajeitou os lençóis em volta do corpo e diminuindo a distância que os separava, enxugou-lhe as lágrimas dizendo “Calma, Rafa. Eu não vou contar nada.. calma”.

Depois,  afagou-lhe os cabelos e abraçou o menino para selar o perdão. O pênis do rapaz intumesceu imediatamente. Ela o empurrou para longe. Rafael sentindo-se queimar de vergonha, tentava com as mãos disfarçar a ereção involuntária.

Desculpa. – disse ele.

Suzanna ficou confusa.

Até aquele momento o primo era para ela, pouco mais que uma criança. Mas agora o volume entre suas pernas denunciava que os tempos de infância definitivamente haviam ficado para trás. Reparou então no rosto, na pele luminosa, na boca carnuda, nos cabelos negros desalinhados, que emolduravam um corpo ainda frágil, longilíneo, misto de fauno e de feminino. Em sua cabeça formou-se um vazio ambíguo provocado não só pelo que estava acontecendo mas também pela possibilidade do que poderia acontecer.

Não sentia-se mais tentada a expulsá-lo ou agredi-lo. Tentou imaginar como seria seu corpo nu, como seria acariciá-lo, desenhando com as mãos as feições daquele rapaz. Deixando-se seduzir por essas imagens, se surpreendeu morna e úmida entre as pernas.

Ele permanecia imóvel. A cabeça abaixada, os olhos calados, a espera de seu destino, qualquer que fosse. Suzana foi até ele, pousou a mão delicadamente em seu queixo e ergueu-lhe o rosto e colando os lábios em seu ouvido, balbuciou: “Sacaninha...

Suzanna soltou-se dos lençóis e dando um passo, saiu do círculo que o tecido desenhou sobre o chão.

O que você acha de mim? – disse ela.

Os olhos do rapaz congelaram.

O que você acha de mim? – tornou a perguntar.
Linda – respondeu com um tremor na voz
Você me quer? – perguntou ela com os olhos azuis pousados nos olhos castanhos do menino
Quero..... – respondeu quase ele por instinto.
Você já fez isso?
Não. – disse ele
Nunca? Mas sabe como é?
Claro que sei..  – Mentiu com profunda indignação

Ela riu do galinho que pousava de galo.

Naquele momento Suzana foi tomada por uma enorme sensação de poder. A idéia de que a força de seu corpo foi capaz de despertar a sexualidade dele, encheu-a de orgulho.

Tira a roupa. 

O rapaz obedeceu. Tirou a camisa, o tênis, as meias. Ameaçou tirar a calça mas hesitou.

Vem cá. Deixa eu ver como você está. – disse ela enquanto desafivelava o cinto e puxava calça e cueca para baixo.

Deixou-o nu, no mais completo estado de excitação sexual. Não resistindo ajoelhou-se diante do membro ereto, mas não tocou nele, limitou-se a fitá-lo e a murmurar:

Que lindo que ele é Rafa!

Em razão disso, ele ficou visivelmente mais excitado. Tentou tocá-la mas ela não permitiu.

Calma, sem presa. Vamos fazer isso bem devagar.

A mente do rapaz estava tomada por um turbilhão de emoções, imagens e desejos.

Suzana entreabriu ligeiramente os lábios e, com toda a delicadeza, encostou a língua na ponta do pênis de Rafael. Ele apoiou as mãos nos ombros dela e afastou-se ligeiramente, reagindo ante a caricia. Ela o deteve. Passou a lambê-lo devagar, com a languidez de uma gata, depois inseriu uma pequena parte do membro na boca e fechou os lábios em torno dele. Rafael cerrou os olhos, abandono-se as sensações. Suzana com os lábios selados, mais uma vez acariciou-o com a língua e ele estremeceu. Para espanto da menina, uma gota espessa e agridoce dissolveu-se em sua boca. Ela aumentou a pressão e os movimentos da língua, passou a acariciar-lhe os testículos, arranhando-os de leve com a ponta das unhas bem aparadas. O rapaz tombou para a frente, sobre ombro dela. Quando viu que ele estava se dissolvendo de prazer, Suzana enlaçou-o com ambos os braços evitando que o membro fugisse de sua boca. Em pouco tempo, Rafael inundou-a com o primeiro orgasmo de sua vida.

Rafael sentou-se no chão. Curvou-se sobre si, tentando aprisionar aquela sensação.

Suzana levantou, expondo-se inteira aos olhos de Rafael. A luz que lhe dourava a pele, tornava ainda mais lindos os seios jovens e a bunda empinada, delineada pelas minúsculas penugens.

Suzana?
Que foi? - respondeu, enquanto ajeitava o cabelo ao espelho, como se não se importasse muito com a pergunta.
Eu queria ver você fazendo aquilo de novo. Você faz?
Aquilo o que Rafa? – disse com cara de sonsa
Aquilo... – disse apontando para o púbis da moça.
Hum... depende.
Por favor, Su.

Ela sorriu e sentou-se na beirada da cama, de frente para ele e abriu bem as pernas dando a Rafael – que permanecia no chão –, uma perfeita visão de sua intimidade.

Com os olhos cerrados, Suzana deslizou a mão direita ao longo de seu ventre. Com a ponta dos dedos, explorava a pele macia, mapeando a pelagem que tornava-se mais farta a medida em que seguia a jornada em direção ao vértice das coxas. Tocou na fenda e movimentou-se por ela, acompanhando toda a sua extensão. Separou com os dedos as pétalas róseas e encontrou seu botão de carne em ereção. Passou a usar o dedo médio para comprimi-lo com ternura, num movimento minucioso e suave. A medida que os movimentos iam ganhando mais força, Suzana ia abrindo mais e mais suas pernas. As mãos que ocasionalmente deixavam a vulva inchada para acalmar os seios rijos ou tocar-lhe a boca, voltavam rapidamente ao sulco, mergulhando entre os lábios, passando pelo clitóris ereto para enfim repousar nos espessos caracóis dourados do púbis. Em intervalos todavia, por capricho ou calculismo, diminuía o ritmo para alongar a espera pelo prazer.

Suzana agitava a cabeça, emitindo uma série de gemidos abafados e sons que mais se assemelhavam ao arrulhar de uma pomba. Seus olhos entreabriram-se e interrompendo sua movimentação, gesticulou ao primo, dizendo:

– Vem.. vem... fica aqui bem pertinho de mim. 

O rapaz obedeceu.

Suzanna agarrou a cabeça dele, com ambas as mãos, e colocou-a sobre seu sexo, para que o sentisse. Completamente embriagada pelo desejo ela ordenava:

– Lambe Rafa.. Lambe assim ó...  – Disse ela agitando a própria língua no ar, para que o menino visse como deveria fazer

Rafael percebeu a forma suave com que as penugens transformavam-se nos longos e sedosos fios que recobriam-lhe o sexo. Brincou com a fenda, com os pelos, beijou-lhe a vulva. Ele notou o pequeno sinal que ela possuía escondido nas dobras da carne secreta, entre as pernas. Sua língua brincando com ele, e não com a vulva, o fez notar como ela reagia a carícias tão próximas, como se abria e fechava quando sua boca se aproximava. Suzana guiava Rafael de modo que sua boca atingisse seus recantos mais secretos e o mel que lhe brotava farto, melava o rosto do rapaz, numa visão que a deixava ainda mais excitada.

Suzana puxou o rapaz para a cama e deitando-o de costas, ajoelhou-se por cima dele. As mãos de Rafael acariciavam-lhe as metades de sua bunda, percorriam seu corpo e apertavam-lhe os seios, para depois voltar ao ponto de partida. O corpo dela queimava sobre o dele. Os olhos do rapaz cintilavam de desejo e expectativa, o membro duro apontado para cima de encontro a entrada da vulva. Ela passou a movimentar-se, de forma que a ponta do pênis pudesse percorrer a extensão de sua fenda, sem penetrá-la. A cada passada encontrava-o mais duro, mais quente. Até que deixando-se cair, fez o pênis entrar completamente na vagina, dando a ambos uma enorme sensação de alívio.

Suzana permaneceu um período imóvel, sentindo-o estremecer dentro dela, notando a geografia de sua forma, sentindo a grande veia intumescida ao longo da curvatura. Passou então a movimentar-se. A princípio devagar, depois freneticamente, rebolando, movendo-se em círculos ao redor do pênis. Percebendo o gozo eminente do rapaz, ela acelerou seus movimentos, até sentir-se preencher pela porra quente do rapaz.

Permanecem juntos, enlaçados.

Aos poucos, a medida em que perdia sua rigidez, o pênis lentamente abandonava a bainha de carne quente e macia.

Suzana já não olhava mais para Rafael como um rapaz. Tampouco como primo. Rafael agora seria seu amante, e trocariam carícias por tardes infinitas, e ela o ensinaria tudo que sabe sobre as artes do amor....